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Mulheres são capacitadas e levam energia solar para aldeias na Tanzânia

A vida é difícil para as mulheres que vivem em Zanzibar, uma região semi-autônoma da Tanzânia formada por um aglomerado de ilhas. Metade da população local vive abaixo da linha da pobreza, e as mulheres têm menos acesso à educação e a chance de ter propriedades e até mesmo conta bancárias.

O acesso à eletricidade também é um problema para famílias pobres ou que vivem em zonas rurais, o que aumenta ainda mais os desafios. É o exemplo de Salama Husein, mãe solteira que lutava para ganhar a vida como agricultora.

A boa notícia é que um programa está empregando mulheres como Salama, que são treinadas como engenheiras solares e levam luz para comunidades onde não há ligação com a rede elétrica de Zanzibar. Hoje Salama pode ter uma renda estável como engenheira solar comunitária.

Foto: Kaspars Eglitis | Unsplash

Entre as mulheres selecionadas pelo programa, muitas não sabem ler ou escrever, são mães solteiras e avós que podem transformar a realidade das aldeias de pescadores e agricultores onde vivem.

Sem eletricidade, muitas famílias usam lamparinas, cuja fumaça pode ser prejudicial à saúde. Além disso, o preço pago pela parafina usada no equipamento nem sempre é acessível para as famílias.

Foto: Majkl Velner | Unsplash

Empoderamento feminino

O treinamento é oferecido por uma empresa social chamada Barefoot College. O treinamento de mulheres se deve ao fato de que elas têm menos possibilidades ou ambições de deixar suas aldeias, seja por condições econômicas ou por laços familiares, e ao concluírem o curso levam os benefícios para as comunidades.

Capacitar mulheres é também uma possibilidade de dar a elas um trabalho decentemente remunerado em uma sociedade dominada pelos homens da Tanzânia.

Como funciona

As comunidades nas aldeias participantes são convidadas a nomear duas mulheres com idade entre 35 e 55 anos para deixar suas famílias e viajar para a faculdade. Lá elas são capacitadas como engenheiras solares, independente de ter ou não uma educação formal prévia.

Foto: Nicky Milne | Thomson Reuters Foundation

Estas mulheres são respeitadas e estão profundamente conectadas com suas aldeias de origem. “Quando você educa uma mulher, você educa uma comunidade inteira”, disse Fatima Juma Haji, engenheira solar da faculdade Barefoot, em Zanzibar.

“Quando você educa um homem, ele não fica na aldeia, ele vai embora, mas quando você educa uma mulher, ela volta para sua aldeia e ajuda a melhorar.”

Sustentabilidade

Milhões de pessoas no continente africano não têm acesso à energia elétrica e fontes renováveis, não ligadas à rede pública, têm sido a solução para garantir este recurso. De acordo com a Agência Internacional de Energia, o setor de energia renovável deve crescer muito na região, com uma forte demanda até 2022.

Com informações de Global Citzen.

Por Ciclovivo

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