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Instituto aponta aumento de 54% em alertas de desmatamento na Amazônia nos últimos dez meses

O sistema de monitoramento da Amazônia feito pelo instituto de pesquisa Imazon, divulgado nesta terça-feira (16), aponta um aumento na área sob alerta de desmatamento de 54% nos últimos dez meses, se comparado ao mesmo período anterior – a análise de dados do governo, divulgada pelo G1 na sexta-feira (12), aponta aumento de 78% no mesmo período. A diferença se deve à metodologia (leia mais abaixo).

A análise leva em conta os alertas para os meses de agosto a maio. A taxa oficial de desmatamento da Amazônia é medida de agosto a julho.

A dois meses do fim do período de observação, o Imazon registra 4.567 km² sob alerta. No período anterior, eram 2.966 km². Alertas de desmatamento na Amazônia, segundo o Imazon Período é de agosto de 2019 a maio de 2020; taxa oficial de desmatamento é medida de agosto de um ano a julho do ano seguinte 2.9662.9664.5674.5672018/20192019/202001k2k3k4k5k Fonte: Imazon

“Estamos em uma tendência de alta e devemos fechar mês de julho com desmatamento superior a 10 mil km² quando os dados oficiais forem divulgados”, afirma Carlos Souza Júnior, pesquisador do Imazon.

A tendência preocupa, já que o período anterior teve recorde com 10 mil km² de desmatamento.

Estados e municípios líderes de alertas

A floresta amazônica abrange os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Roraima, Rondônia e Tocantins.

Entre estes estados, o Imazon destaca que o desmatamento segue em alta no Pará, o estado que tem mais registros de alertas. Segundo o instituto, o Pará concentra 40% de todo os alertas do período. Estados com mais alertas de desmatamento na Amazônia, segundo Imazon Pará: 40 %Amazonas: 25 %Mato Grosso: 19 %Rondônia: 10 %Acre: 4 %Roraima: 2 % Fonte: Imazon

O instituto afirma que, entre os municípios, Altamira é a cidade com maior área sob alerta: 97 km². Outros municípios como São Félix do Xingu (PA), Lábrea (AM), Apuí (AM), Novo Progresso (PA) e Porto Velho (RO).

Metodologia

O Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Imazon foi criado em 2008. Ele se baseia em imagens de satélites para captar a mudança do uso do solo. Com isso, afirma o Imazon, é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare, mesmo sob condição de nuvens.

O sistema de alertas do governo, chamado de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), usa imagens de satélite de 6 hectares.

As imagens são captadas e analisadas pela ferramenta de monitoramento do instituto. O Imazon afirma que, atualmente, o SAD utiliza os satélites Landsat 7 (sensor ETM+), Landsat 8 (OLI), Sentinel 1A e 1B, e Sentinel 2A e 2b (MSI) com os quais é possível detectar desmatamentos a partir de 1 hectare mesmo sob condição de nuvens.

Sistemas de monitoramento da Amazônia têm objetivos e metodologias diferentes — Foto: Juliane Souza/G1

Sistemas de monitoramento da Amazônia têm objetivos e metodologias diferentes — Foto: Juliane Souza/G1

Por G1

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