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Em Roma, passageiros podem trocar garrafas de plástico por bilhetes de metrô

Giuliana Viggiano

Agora é possível trocar garrafas de plástico por bilhetes de metrô em Roma, na Itália. O projeto anunciado no fim de julho arrecadou mais de 60 mil recipientes em apenas duas semanas, de acordo com as autoridades.

A proposta, que busca incentivar a recicaglem na Cidade Eterna, é uma iniciativa da prefeitura em parceria com a ATAC (Azienda per i Trasporti Autoferrotranviari del Comune di Roma), empresa privada responsável pelo transporte da cidade. “Podemos dizer que somos a primeira grande capital europeia a apresentar essa inovação. Uma máquina que consome garrafas de plástico e emite crédito para comprar passagens de ônibus. A economia circular é fácil de ser feita”, disse Virginia Raggi, prefeita de Roma, como cita o jornal La Repubblica.

Por enquanto, o projeto abrange apenas três estações de metrô: Cipro (linha A), Piramide (linha B) e San Giovanni (linha C) e está previsto para durar 12 meses — a ideia é fazer um período de testes antes da implementação permanente e em mais estações. 

Segundo os responsáveis, quem estiver interessado em participar deve baixar um aplicativo no celular (My Cicero ou TabNet), que fornece um código de barras. Aí, a cada garrafa inserida em uma máquina, o usuário recebe um crédio de 5 centavos de euro que é associado ao código de barras, então trocado pela passagem.

Como o bilhete de metrô custa 1,50 euro, trinta garrafas são necessárias para a obtenção de um ticket. O número pode parecer grande, mas a ideia é justamente conscientizar os cidadãos romanos do uso do plástico: “Em um período em que se fala sobre criptografia, temos uma moeda de plástico. Substancialmente, é um sistema no qual se recicla, se constrói a a fidelidade do cliente, e se recompensa o comportamento virtuoso dos cidadãos”, explicou Paolo Simoni, presidente da ATAC.

Máquinas estão distribuídas em três estações de metrô para períodos de testes (Foto: Reprodução Facebook/Sergio Costa)

A ação surge em meio a reclamações de moradores de Roma, que apontam a sujeira e a falta de coleta de lixo na capital italiana como os principais problemas. Entretanto, uma reportagem do La Repubblica do início de 2019 mostrou que, em 40% das vezes, o descarte de plástico é feito de maneira indevida, inviabilizando a reciclagem do material.

Por conta disso, a ATAC faz a orientação de que as garrafas devem estar intactas, vazias e preferencialmente limpas. Além disso, para garantir que a máquina dará o disconto, o rótulo deve estar intacto.

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