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Europa vai criar constelação de satélites para monitorar gases de efeito estufa

Nesta terça-feira (2), a Agência Espacial Europeia (ESA) e membros do programa Copernicus, que atua no monitoramento da Terra, anunciaram a constelação de satélites European CO2 Monitoring and Verification Support Capacity (CO2MVS). Os satélites serão capazes de observar o planeta inteiro em apenas alguns dias, monitorando as emissões de gases poluentes para, assim, ajudar a humanidade no compromisso de cumprir as metas de mitigação das mudanças climáticas. A novidade foi anunciada durante a Conferência do Clima da ONU (ou COP26), realizada entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro.

A missão faz parte do programa Copernicus e está sendo desenvolvida em uma parceria entre a ESA e a European Organisation for the Exploitation of Meteorological Satellites (EUMETSAT). Assim que estiverem em órbita, os satélites vão medir as concentrações de dióxido de carbono e metano, os dois gases mais comuns do efeito estufa — e isso será feito quase em tempo real, com detalhes sem precedentes. Segundo os representantes do programa Copernicus, a nova constelação deverá iniciar as operações em 2026.

Quando estiver funcionando, a constelação COS2MVS poderá proporcionar informações únicas sobre as emissões vindas da ação humana (Imagem: Reprodução/Copernicus Atmosphere Monitoring Service/ECMWF)

Por isso, a CO2MVS será mais uma aliada no trabalho de redução das emissões de gases do efeito estufa conforme exigido pelo Acordo de Paris, um acordo internacional negociado em 2015 em que as nações participantes fizeram planos de ação contra as mudanças climáticas e, para conseguir cumpri-los, precisam de medidas de mitigação. Os países participantes precisam reportar o progresso que tiveram a cada cinco anos para, assim, garantir que estão no caminho certo no cumprimento das metas de redução de gases do efeito estufa. Como a primeira análise será concluída em 2023, a nova constelação poderá participar da segunda análise, que deverá ser finalizada em 2028.

Os representantes do projeto Copernicus afirmaram que os novos satélites podem “mudar o jogo”, permitindo que os pesquisadores analisem fontes individuais de emissões destes gases, como usinas nucleares e instalações de produção de combustíveis fósseis. Como os satélites atuais costumam medir as mudanças nas concentrações atmosféricas de dióxido de carbono, que estão relacionadas principalmente às variações naturais do ciclo do carbono, as informações relacionadas às emissões industriais acabam ficando de fora. Assim, a constelação europeia irá fornecer cobertura mais ampla, com mais detalhes e maior precisão em comparação ao que está disponível atualmente.

Por CanalTech

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