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Bahia é líder em geração de energia solar com 25% dos parques solares do Brasil

Por TV Bahia

A Bahia tem 25% dos parques solares do Brasil e é líder nacional em geração de energia solar no país, segundo informações da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE).

Os excelentes níveis de radiação solar são um dos responsáveis pelo destaque da Bahia na geração de energia. Dos 25 parques solares do estado, 24 já estão em operação, com capacidade de 636 MWh.

Segundo informações da SDE, mais de R$ 3 bilhões foram investidos nos municípios de Tabocas do Brejo Velho, Bom Jesus da Lapa, Juazeiro, Salvador, Guanambi e Itaguaçu da Bahia e geraram mais de 18 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção dos parques que já estão funcionando.

O órgão informou que mais cinco parques devem entrar em operação até 2021, com investimento de mais de R$ 737 milhões, que devem gerar 4.200 empregos diretos e indiretos.

Pensando nesse “novo mercado”, jovens e adultos buscam qualificação profissional em cursos como o de montador de sistemas fotovoltaicos.

“Tem uma carga horária 160 horas, onde o pré-requisito pro curso é somente o aluno ter ensino médio completo e ser maior de 18 anos”, explicou Luciano Rafael dos Reis, coordenador do curso de montador dos sistemas fotovoltaicos do Senai/Cimatec.

“Ele [o curso] tem todo um embasamento de eletricidade básica, com a carga horária de 40 horas e posteriormente a isso ele tem 80 horas quando ele vê desde o conceito da energia solar, eficiência energética que está em alta no nosso mercado, até todo o processo de instalação, montagem e manutenção desse tipo de sistema”, concluiu.

O Rio São Francisco, protagonista na geração de energia hidrelétrica no norte da Bahia, também vem servindo de cenário para a geração de energia solar.

No lago da usina de Sobradinho estão instaladas mais de 3.700 placas fotovoltaicas. As placas ocupam uma área de 11 mil metros quadrados e geram 6 mil MWh, o suficiente para abastecer cerca de 2 mil casas populares.

O gerente de pesquisa, desenvolvimento e inovação da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), José Bione, revelou que estudos estão sendo feitos para a implantação de usinas flutuantes nos reservatórios das usinas hidrelétricas.

“A ideia nossa é poder estudar a implantação de usinas flutuantes nos reservatórios das usinas hidrelétricas a fim que a gente possa associar essa tecnologia fotovoltaica também com as usinas hidrelétricas”, disse José Bione.

O maior parque solar do Brasil fica na cidade de Bom Jesus da Lapa, no oeste da Bahia. O local tem mais de 500 mil painéis fotovoltaicos que geram energia suficiente para atender o consumo de 166 mil casas por um ano. Em Barreiras, outra usina está em construção e vai produzir 95 MWh.

Uma faculdade particular da cidade de Juazeiro, no norte da Bahia, instalou 335 placas solares com custo total de R$ 200 mil.

Energia eólica

Além do crescimento da energia solar, a Bahia também vem registrando crescimento na geração de energia eólica. São 168 parques eólicos distribuídos em 24 municípios do estado.

De acordo com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), os 168 parques, juntos, têm a capacidade de gerar cerca de 4.100 mw de potência, quase 30% da produção nacional. A quantidade é suficiente para abastecer 8,5 milhões de casas populares.

Pesquisadores do Senai/Cimatec elaboraram um atlas com estudos que mostram as melhores áreas para a instalação de usinas na Bahia.

“Mostra todo o potencial eólico e solar que a gente tem na região, fazendo com que as empresas observem que a gente tem esse potencial e faça com que o mercado cresça ainda mais”, disse o consultor da instituição, Paulo Roberto Neves.

A maior concentração dos parques de geração eólica da Bahia ficam nas cidades de Irecê, Sobradinho, Casa Nova e Sento Sé, no norte do estado. A energia do vento está causando uma revolução produtiva no semiárido baiano, até então, lembrado apenas pela caatinga.

A energia gerada no Complexo Eólico de Sento Sé, que é formado por oito usinas, com 107 torres, se interliga ao sistema integrado nacional através de linhas de transmissão que vão até a usina hidrelétrica de Sobradinho e depois espalha a energia gerada pelo vento para todo o Brasil.

Uma das localidades que se beneficia com os ventos do complexo é a comunidade de São Pedro, zona rural de Sento Sé. Depois da instalação das torres eólicas, muitos moradores que tinham deixado o local por causa da seca estão voltando.

“Era uma base de umas 25 pessoas, era pouca gente, mas hoje a gente uma base de umas 100 pessoas ao geral. Todo mundo ganhou, tem um ‘comercinho’ ali, uma lojinha, inclusive hoje, aqui [comunidade de São Pedro], já tem três pontinhos, três pontinhos de comércio, um vende uma bala e um refrigerante”, contou Bartolomeu dos Santos, presidente da associação de moradores do local.

Em Camaçari, região metropolitana de Salvador, uma empresa investiu cerca de R$ 21 milhões na construção de uma fábrica de equipamentos para a energia eólica. O local, que foi inaugurado em 2013 e que começou a produzir as primeiras peças em 2014, tem 190 funcionários empregados em uma operação que corresponde a 80% da fábrica.

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