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A “zona morta” do Oceano Pacífico é real e está crescendo

O avanço do aquecimento global acabou por criar uma zona hipóxica – referida pelos cientistas como “zona morta” – de aproximadamente 100 metros de tamanho no Oceano Pacífico, segundo afirmam especialistas ouvidos pelo jornal americano Washington Post. Segundo os experts, a situação é preocupante já que essa área deve crescer à medida em que se aproxima a “temporada hipóxica” – ela própria, também uma consequência do mesmo aquecimento global.

Basicamente, uma zona hipóxica é registrada quando especialistas na vida oceânica identificam uma queda grande e brusca dos níveis de oxigênio. Isso faz com que a vida animal mais móvel fuja da área, ao passo que animais e organismos mais fixos ou de movimentação lenta morram sufocados, tornando a região virtualmente inabitável.

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Imagem mostra tartarugas marinhas nadando em meio a peixes no fundo do oceano. Especialistas afirmam que o aquecimento global está criando zonas mortas, que podem comprometer a vida marítica
Com o avanço do aquecimento global, animais marinhos estão sendo obrigados a fugirem – ou morrerem – de zonas mortas, com baixo teor de oxigênio. Imagem: Shane Myers Photography/Shutterstock

“É o ‘cavaleiro do apocalipse’ do aquecimento global, só que no mar”, disse ao jornal o pesquisador da Universidade do Oregon, Francis Chan. “E isso se dá porque a água que recebemos tem menos oxigênio dissolvido hoje do que antigamente”.

Em outra entrevista concedida na última semana, Chan disse à ABC/KATU que esses eventos de alteração marítima estão ficando cada vez mais frequentes: “Nós conseguimos enxergar o centro de uma zona de baixo oxigênio, onde vimos estrelas-do-mar e anêmonas, caranguejos, todos sufocaram e largados no chão oceânico”, disse o especialista. “Mais e mais, as evidências apontam para o aquecimento global como um fator de causa”.

A explicação para isso está na química básica: na escola, aprendemos que, quanto mais quente for a água, menos oxigênio ela dissolve. Agora leve este mesmo conceito para um cenário onde a temperatura da Terra não para de aumentar, a ponto de derreter – com frequência – enormes blocos das regiões polares.

Chan disse que ainda não é possível saber quais serão os efeitos de longo prazo do aquecimento global, mas afirma que ele criará uma zona morta atrás da outra – e todas crescendo em tamanho -, o que deve gerar um impacto nada favorável à vida marítima.

Por Olhar Digital

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