Primeiro avião elétrico é certificado na Europa
O primeiro avião elétrico do mundo foi certificado na Europa, abrindo caminho para a eletrificação do setor aéreo no médio prazo. O Pipistrel Velis Electro recebeu o certificado de tipo da EASA, agência de segurança da aviação da União Europeia.
A certificação do modelo é considerada pelo setor como um importante passo na aviação sustentável e de baixo custo. Um dos maiores entraves na aviação geral é o elevado valor do combustível em grande parte do mundo, especialmente no Brasil.
Aeronaves elétricas podem representar nos próximos anos uma solução viável, ainda mais quando combinado com geração de energia solar. Uma pequena área com painéis solares pode ser suficiente para garantir a carga máxima para futuros aviões elétricos, podendo ainda abastecer automóveis e motocicletas.
O Pipistrel Velis Electro é a primeira aeronave elétrica certificada pela EASA, e certamente não será a única, pois a indústria da aviação busca novas tecnologias para redução de ruído, emissões de Co₂ e melhorias no desempenho.
Carregamento é simples e pequena área de painéis solares pode no futuro abastecer o avião
O Velis Electro é uma aeronave de dois lugares destinada para a instrução de pilotos fabricada pela Pipistrel, sediada na Eslovênia. O fabricante é atualmente um dos principais incentivadores da aviação elétrica, tendo ainda forte presença no segmento de aeronaves leves, especializada em alto desempenho com eficiência energética e preço acessível.
Com certificação concluída em menos de três anos, a Pipistrel contou estreita cooperação da EASA, com o objetivo comum de garantir que a aeronave cumprisse o alto padrão de segurança necessário para a certificação. A aeronave é equipada com o primeiro motor aeronáutico elétrico certificado, o E-811-265MVLC.
Esquema mostra o pequeno motor elétrico E-811-265MVLC e a bateria instalada no centro do avião
Segundo o fabricante, o projeto de certificação foi dividido em dois fluxos: o primeiro ficou responsável pelas atividades típicas de certificação relacionados à aeronave; enquanto o segundo foi responsável pelo programa de ensaios em voo do motor, utilizando uma frota de aeronaves elétricas não certificadas, mas sob a autorização operacional da EASA.
A certificação pioneira também permitiu aos técnicos da EASA obterem experiência em no voo elétrico, ampliando os conhecimentos sobre baterias, sistemas de gerenciamento, bem como unidades de potência de motores elétricos. Com essas informações, a agência reguladora desenvolveu uma nova condição especial para permitir mais voos com aeronaves eletrificadas.
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Por Gabriel Benevides
Por Aero Magazine
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