Polonesa cria invólucro compostável para substituir embalagens plásticas
Uma embalagem biodegradável e também comestível é a aposta da designer polonesa Roza Janusz para substituir os atuais invólucros de alimentos. O mais interessante é que o novo produto foi desenvolvido a partir de um subproduto da kombucha.
Kombucha
Kombucha é uma bebida feita a partir da fermentação de chá (Camellia sinensis) com uma colônia simbiótica de bactérias e leveduras – chamada de “Scoby”. Considerada um probiótico natural, ela é bastante difundida por, entre outras razões, fortalecer o sistema imunológico.
Inspiração
Foi fazendo a kombucha em casa que a designer teve a ideia de usar o Scoby para desenvolver seu invólucro compostável. Rosa acrescentou resíduos agrícolas na composição e esperou a fermentação, em temperatura ambiente, por um período de duas semanas. Após esse tempo, as membranas cresceram e foram colocadas em moldes, de forma que a embalagem, batizada de Scoby Packaging, pode ser personalizada para a comida que será acondicionada.
O produto serve para alimentos secos e semi-secos e promete proteger os alimentos por pelo menos seis meses. Roza Janusz garante que ele não quebra facilmente, é maleável, antibacteriano e atua como uma barreira ao oxigênio, ou seja, mantendo os alimentos conservados por mais tempo.
Ao fim de seu ciclo de vida, além de ser comestível, o invólucro pode simplesmente ser decomposto na natureza. “O material é compostável e nutritivo para o nosso intestino e para o solo por causa de suas bactérias saudáveis”, afirmou a polonesa ao site Dezeen.
O empecilho para a proposta ser escalável é que, por depender de um processo natural, a produção de uma única folha leva cerca de duas semanas. Mas, a designer está testando diversas possibilidades o que é possível acompanhar a partir de seu site MakeGrow, onde vende amostras das experimentações de embalagens para obter apoio às suas pesquisa.
No caminho do “plastic free”
Enquanto cresce o número de cidades que aprovam leis para inibir o uso de plástico descartável, empresas e pesquisadores correm atrás de soluções que possam substituí-los. Por mais que possamos concordar que muitas vezes a melhor opção é simplesmente deixar de usar um produto – que provavelmente até poucas décadas não existia -, também é preciso entender que, para muitos, deixar as “comodidades” da vida moderna não é tão simples. Confira outra matéria que falamos sobre opções brasileiras para substituir o papel alumínio e o próprio plástico filme: Tecidos encerados substituem o plástico filme na cozinha.
Por Ciclovivo
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