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O fim das neves do Kilimanjaro: ONU prevê mudanças drásticas na África

As últimas três geleiras da África estão retrocedendo num ritmo tão rápido que podem desaparecer em duas décadas, segundo constatação feita por um relatório da ONU divulgado nesta quarta-feira (20).

Os impactos, afirma o estudo, são particularmente graves no Monte Kilimanjaro, o mais alto do continente, com 5.900 metros de altitude, na Tanzânia.

A visão monumental do monte coberto de branco é parte do folclore africano, e serviu de inspiração para o conto “As neves do Kilimanjaro”, de Ernest Hemingway.

Encontradas no Monte Kilimanjaro, na Tanzânia, Monte Quênia, no Quênia e nas montanhas Rwenzori, na fronteira com Uganda e a República Democrática do Congo, as geleiras estão em recuo acelerados há anos.

“O rápido encolhimento das últimas geleiras remanescentes na África oriental, que devem derreter inteiramente em um futuro próximo, sinaliza a ameaça de uma mudança iminente e irreversível para o sistema terrestre”, disse o secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial, Petteri Taalas, em trecho do estudo.

Apesar de contribuírem com apenas 4% das emissões globais de gases do efeito estufa, as nações africanas serão gravemente afetadas pela subida nos termômetros.

O relatório alerta que se nada for feito para conter o aquecimento do clima, até 2030 118 milhões de pessoas estarão expostas à seca, inundações e calor extremo no continente.

O estudo destaca ainda que na ilha de Madagascar, na África Oriental, há em andamento o que pode ser chamado de primeira “fome climática”.

Cerca de 500.000 pessoas estão estão em situação de grave insegurança alimentar e outras 800.000 correm risco de serem atingidas pela crise fomentada pelo clima cada vez mais seco.

Ainda segundo o texto, em 2020 o clima africano foi caracterizado pelo “aquecimento contínuo das temperaturas, aumento acelerado do nível do mar, condições meteorológicas extremas e eventos climáticos, como inundações, deslizamentos de terra e secas, e impactos devastadores associados”.

Por Veja

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