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Mulheres na Conservação revela pesquisadoras que se destacam na luta pela natureza

Conservar a fauna e a flora no Brasil é um desafio enorme e propósito de vida de pessoas que dedicam seus dias a entender animais e seus habitats e a descobrir como podemos contribuir para a sobrevivência de espécies ameaçadas.

Entre estas pessoas estão mulheres incríveis. “O Brasil se destaca como um dos países no mundo em que as mulheres mais assinam pesquisas cientificas”, é o que conta Paulina Chamorro, jornalista que assina a série de reportagens “Mulheres na Conservação”, publicada no site da National Geographic Brasil que traz a história de mulheres que têm em comum o protagonismo em projetos e iniciativas de conservação de espécies e áreas brasileiras.

Além dos desafios inerentes ao trabalho ambiental, com suas dificuldades financeiras, políticas, físicas e logísticas, estas mulheres vivem e experimentam condições diferentes em suas jornadas. Condições que fazem parte do universo feminino e são particulares à mulheres que tomaram à frente de projetos de conservação e que  transformam os lugares onde atuam.

Neiva Guedes é bióloga e uma das personagens do projeto Mulheres na Conservação. “A partir do momento que comecei a trabalhar com as araras, a andar por aí, subir nos ninhos, indo e voltando ano após ano, eu era uma mulher dirigindo um carro pelo pantanal. Isso chamou a atenção”, conta.

Criadora do Projeto Arara Azul, referência em conservação, ela começou como pesquisadora, mas também era motorista, alpinista, mecânica, relações públicas e administradora. Em sua trajetória, Neiva conta que encontrou em outras mulheres o apoio que precisava. “Geralmente, no Pantanal, as mulheres são mais sábias, leem mais do que os peões. São as mulheres que direcionam. Sempre fui muito bem recebida nas propriedades, seja na casa dos fazendeiros, ou dos peões. E  eram as mulheres que mandavam: vai mostrar o ninho para a dona Neiva”.

As araras azuis, antes raras, hoje são comuns no Pantanal e outras regiões do Mato Grosso do Sul. O trabalho iniciado há mais de 30 anos por Neiva faz parte desta história. A bióloga premiada segue com seu projeto e capacita cientistas para que o trabalho de conservação ganhe força.

Inspiração para outras mulheres

“Mostrando a determinação e o trabalho destas profissionais pela natureza do Brasil o projeto pode servir de inspiração às novas gerações de pesquisadoras, biólogas, estudantes, guarda-parques, guias, educadoras, ou qualquer outra profissão que as mulheres escolham”, ressalta Paulina.

Além de Paulina Chamorro, jornalista reconhecida pela relevância socioambiental de seu trabalho, o projeto Mulheres na Conservação, conta com o talento do fotógrafo João Marcos Rosa. João idealizou o projeto e registra  a vida destas mulheres e das espécies que elas defendem há anos. Imagens e matérias sobre o trabalho destas heroínas do meio ambiente estão disponíveis no site da National Geographic Brasil.

O CicloVivo entra no projeto Mulheres na Conservação e vai contar estas histórias nos próximos 2 meses. Mais do que falar dos resultados e trajetórias dos projetos, o foco são as mulheres que estão por trás destes resultados – pesquisadoras que se destacam em suas áreas de atuação mas que também revelam os desafios e a força feminina neste cenário.  

Série de reportagens no CicloVivo

Mulheres na Conservação Patricia Médici
Aquidauana_MS, 18 de agosto de 2019 – Pesquisadora Patricia Medici desenvolvendo seu trabalho de pesquisa com a anta (Tapirus terrestres) no Pantanal.
JOAO MARCOS ROSA | NITRO

A primeira personagem é Patrícia Médici, premiada pesquisadora que criou o maior banco de dados do mundo sobre a anta, o maior mamífero terrestre da América do Sul. Segundo José Maria Aragão, técnico de campo e braço direito de Patrícia, a pesquisadora realiza um trabalho que dez pessoas não conseguiriam.

Engenheira ambiental, especialista em ecologia e técnicas de manejo sustentável, Patrícia trabalha há mais de 30 anos para conciliar a sobrevivência de antas e o desenvolvimento das comunidades que convivem com ela. Ela também é mãe de dois filhos e conversou com Paulina como foi conciliar a maternidade e a paixão pelo trabalho de campo.

A jornalista acompanhou o trabalho de Patrícia por alguns dias. Esteve com a pesquisadora em campo e conferiu de perto como é a rotina desta mulher que realiza o trabalho “de dez pessoas”. A matéria completa vai estar no CicloVivo no dia 12 de dezembro de 2019.

Com o apoio da Fundação Toyota, Mulheres na Conservação vai trazer a história de Patrícia, Neiva e outras mulheres que assinam artigos científicos, vão a campo, idealizam projetos e desbravam caminhos pela preservação da natureza no Brasil. Pessoas com histórias diferentes, que tem em comum o fato de serem mulheres e a paixão pelo que fazem. As reportagens podem ser conferidas também em podcast com apresentação de Paulina Chamorro.

Natasha Olsen, Ciclovivo

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