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Livro infantil ensina sobre insetos da Mata Atlântica de maneira divertida

O conto chamado “As aventuras do detetive Grasshopper e da agente Cigarrinha”, traz uma trama investigativa que começa com a coleta de pistas envolvendo o sumiço de mariposas na cidade de Marisópolis – ‘terra das mariposas’.

De acordo com Antonini Moliterno, autor da obra, a ideia é mostrar aos leitores as várias façanhas que os insetos realizam na natureza, tudo isso de um modo natural e descontraído.

“Na trama, a dupla de investigadores entra em cena para desvendar o mistério e, ao longo da história, aparecem outros personagens como o detetive Chico-folha (que é o inseto esperança, que se assemelha muito a uma folha) e o agente Taquarinha, que também é um mestre do disfarce”, explica.

Ainda segundo ele, o livro é indicado para todas as idades. “É uma forma de popularizar os insetos dos nossos biomas, afinal, são mais de 100 mil espécies conhecidas para o nosso país. Precisamos estimular mais esses aprendizados”, conta.

O tema do livro tem relação com a carreira acadêmica do escritor, que se graduou em ciências biológicas e fez o primeiro contato com o mundo dos insetos ainda na faculdade. “Esses animais, embora pequenos no tamanho, podem revelar surpresas pra lá de gigantes”, finaliza.

Livro é uma forma de estudar se divertindo  — Foto: Ricardo Borges./ilustrador

Livro é uma forma de estudar se divertindo — Foto: Ricardo Borges./ilustrador

Mata Atlântica

Você sabia que a Mata Atlântica é casa para 72% da população brasileira e também para mais de duas mil espécies de animais vertebrados, mais de sete mil espécies de insetos e 15 mil de plantas?

“O bioma é também o lar dos nossos detetives e agentes que, além de buscarem pistas para resolverem o caso no decorrer das suas jornadas, nos mostram o universo dos insetos e dos seus sentidos, por exemplo, o olfato e o paladar”, conta.

“Além de mostrar os diferentes papéis que os insetos desempenham na natureza, promovemos a proteção desse bioma tão ameaçado, dos quais restam da formação original apenas 12,4%”, completa Antonini.

Espécies nativas da Mata Atlântica podem ser conhecidas pelos visitantes da trilha da Casa de Petrópolis — Foto: Igor Holderbaum/Divulgação Casa de Petrópolis

Espécies nativas da Mata Atlântica podem ser conhecidas pelos visitantes da trilha da Casa de Petrópolis — Foto: Igor Holderbaum/Divulgação Casa de Petrópolis

Sobre o projeto

O projeto foi idealizado em 2018 e, aos poucos, o autor deu asas à imaginação. Esse é o primeiro livro publicado por Antonini Moliterno.

“Durante a elaboração da capa e adaptação do texto tive colaborações de muitos amigos, dentre eles do grande ilustrador Ricardo Borges, que aceitou o desafio de ilustrar a capa e contra-capa do livro”, diz.

A obra também tem a participação do professor Dr. Elidiomar Ribeiro e da professora Thamara Zacca, especialistas no grupo das borboletas e mariposas; de Antonio Marcos Toledo, doutorando em Biodiversidade e Conservação da Natureza; e do professor Miguel Contani, que conduziu a revisão do texto da obra.

O Brasil abriga cerca de 20 mil espécies de mariposas — Foto: Almir Candido/Gente da Terra

O Brasil abriga cerca de 20 mil espécies de mariposas — Foto: Almir Candido/Gente da Terra

Curiosidades sobre as mariposas

Esses insetos podem se comunicar através de sinais luminosos, sonoros e também químicos, como os vagalumes, grilos e as formigas. “Busquei entender melhor sobre esse campo de estudo chamado ‘Ecologia Química’, voltado ao mundo dos insetos”, conta o escritor.

A ecologia química estuda as interações que os organismos vivos realizam na natureza, ou seja, por odores (aromas) naturalmente produzido por esses organismos.

“A comunicação química no mundo dos insetos é tão sofisticada e potente que nas mariposas são as fêmeas quem exalam odores para atrair os machos. Com a produção desses compostos, as moléculas podem ainda ser facilmente transportadas pelas correntes de ar e cobrirem quilômetros de distâncias”, destaca o autor.

Ele ainda explica que, de modo geral, a atração no mundo dos insetos é tão diversa e fascinante que muito ainda precisa ser feito.

“Inclusive, essa curiosidade sobre as mariposas é uma descoberta considerada recente. Em meio a isso tudo eu notei que se fazia um cenário para lá de perfeito para um bom conto, no qual cada interação entre insetos, plantas e outros animais daria uma história mais interessante que a outra”, finaliza.

ilustração sobre o livro  — Foto: Ricardo Borges/ilustrador

ilustração sobre o livro — Foto: Ricardo Borges/ilustrador

Onde encontrar

Para comprar o livro ‘As aventuras do detetive Grasshopper e da agente Cigarrinha’, basta acessar uma vaquinha virtual e colaborar.

“A pessoa pode ajudar doando entre R$10 e R$49. Ao escolher a quantia que deseja doar, o leitor pode ter seu nome nos agradecimentos no site, na versão e-Book. Além disso, pode receber a versão impressa do livro e até participar da seleção para batizar alguns personagens. Na página você encontra todos os detalhes”, ressalta.

Por G1

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