Glitter ecológico é opção para ajudar o meio ambiente no carnaval; aprenda a fazer em casa


Uma opção ecologicamente correta para o carnaval é o bioglitter. Feito com produtos naturais, não agride o meio ambiente. *Confira, mais abaixo, a receita.
Os foliões que amam brilhar agora contam com essa possibilidade sustentável e que, aos poucos, está ganhando mais espaço.
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Maquiadora dá dicas para usar o glitter ecológico — Foto: Thais Kaniak/G1
Fácil de fazer e custo baixo
Jonas Franciso Gomes, de 23 anos, há pouco mais de um ano abriu uma empresa que vende produtos sustentáveis – como canudos de inox e copos de silicone. Ele comercializa os produtos pelas redes sociais e faz a entrega de bicicleta, em Curitiba.
Para este carnaval, resolveu investir no bioglitter – é ele mesmo quem prepara.
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Jonas ensina a fazer o glitter ecológico em casa — Foto: Thais Kaniak/G1
O jovem disse que o processo de produção além de ser fácil, tem baixo custo. Um vidrinho, com oito gramas, custa R$ 10.
“A gente tentou trazer essa solução e acessibilidade para os nossos clientes aqui de Curitiba”, contou.
Junto com os canudos de inox e os copos de silicone, Jonas acredita que é possível fazer um carnaval mais saudável para o meio ambiente.
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Ingredientes para fazer o glitter ecológico podem ser comprados em lojas de produtos naturais e pela internet — Foto: Thais Kaniak/G1
Como fazer bioglitter em casa?
Ingredientes
- 1 colher de sopa de agar agar (responsável por dar liga na mistura)
- 10 colheres de sopa de água
- 1/2 colher de chá de pó de mica (responsável pelo brilho)
- 1/2 colher de chá de spirulina ou cúrcuma (responsável pela cor)
O preparo
Em uma panela, colocar o agar agar e ir acrescentando a água aos poucos, para não empelotar a mistura. Você deve dissolver bem o pó para que não fique nenhuma “bolinha”.
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Ingredientes para fazer glitter ecológico são naturais — Foto: Thais Kaniak/G1
Depois, colocar essa panela no fogo baixo e deixar esquentar. Não pode ferver, só precisamos esquentar mesmo, então quando perceber que a mistura quer formar “bolhinhas” já pode tirar.
Adicionar o pó de mica e o corante natural de sua escolha, e mexer bem até dissolver totalmente.
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Aprenda a fazer glitter ecológico para o carnaval — Foto: Thais Kaniak/G1
Feito isso, é só despejar em uma folha de acetato e esparramar com um pincel de silicone em uma camada bem fininha. Será necessário deixar secar por 15 a 20 horas, quando começará a descolar da folha.
Para retirar tudo, utilize uma espátula de inox ou algo assim e vá “raspando”. Você vai bater os pedacinhos que saiu no liquidificador para ficarem menores e mais fáceis de aplicar na maquiagem.
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Jonas afirma que é preciso deixar o fogo baixo, no preparo do glitter ecológico — Foto: Thais Kaniak/G1
Oportunidade de negócios
A empresária Mariana Alves Fachin, de 33 anos e que também mora em Curitiba, tem uma loja virtual de maquiagens e cosméticos veganos.
Ela contou que, com o crescimento do veganismo, percebeu uma oportunidade de negócios.
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Mariana vende maquiagens e cosméticos veganos pela internet — Foto: Thais Kaniak/G1
“O veganismo não é restrito apenas à alimentação, vai muito além. Até pessoas que não são veganas querem fazer essa substituição da maquiagem, que já é uma forma que a pessoa pode ajudar”, disse.
Mariana ainda reforçou o fato de esse tipo de produto fazer bem para a pele e para a saúde de quem usa. Pouco antes de o carnaval começar, a empresária precisou repor o estoque de bioglitter.
“Já tinha acabado tudo. Tinha sobrado uma ou outra cor, que são mais discretas, digamos assim. Porque as mais alegres já tinham sido vendidas”, contou.
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Maquiagens veganas são uma oportunidade de mercado, de acordo com a empresária Mariana Alves Fachin — Foto: Thais Kaniak/G1
O glitter convencional
O glitter convencional é feito de microplásticos, que são pedaços de plástico com menos de cinco milímetros.
Antes mesmo de chegar aos oceanos, o glitter causa danos à natureza. Ele pode afetar diferentes tipos de organismo ainda no solo, como explicou o professor de química da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Marco Tadeu Grassi.
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Marco Tadeu Grassi, professor de química da UFPR, falou sobre as vantanges do bioglitter — Foto: Thais Kaniak/G1
O professor ressaltou que o plástico é um “material altamente durável” e pode ser ingerido por animais – tanto em ambientes terrestres como aquáticos.
“Acredita-se que [a durabilidade do plástico] seja de algumas centenas de anos”, afirmou.
O glitter deve ser uma preocupação também para quem usa o produto longe das praias.
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Glitter ecológico contribui a minimizar as questões relacionados à poluição por plásticos e microplástico, segundo o professor de química da UFPR — Foto: Thais Kaniak/G1
Rede de esgoto
De acordo com o professor, por causa das dimensões muito reduzidas, o glitter que é passado no corpo, quando sai no banho vai para a rede de esgoto.
“É importante mencionar que as estações de tratamento de esgoto não foram planejadas para remover e destruir esse tipo de material. Ele passa pelo processo de tratamento sem que seja removido. Ele vai alcançar, invariavelmente, corpos aquáticos, rios e oceanos”, explicou Grassi.
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‘Representa uma alternativa muito interessante, principalmente dentro do contexto ambiental’, afirmou professor de química da UFPR sobre o glitter ecológico — Foto: Thais Kaniak/G1
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Microplásticos
Para o professor, os microplásticos representam um problema gravíssimo de poluição nos dias atuais. “A subcategoria dos microplásticos é motivo de preocupação no âmbito mundial”, afirmou.
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Glitter ecológico é uma maneira de brilhar de maneira consciente no carnaval — Foto: Thais Kaniak/G1
Enquanto isso, o glitter ecológico, segundo Grassi, contribui para minimizar as questões relacionadas à poluição por plásticos e microplásticos.
“Ele representa uma alternativa muito interessante, principalmente dentro do contexto ambiental. Do ponto de vista do uso, vale a pena mencionar que é feito a partir de ingredientes que são naturais e, portanto, é um produto atóxico”, disse.
Por G1
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