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Buraco na camada de ozônio está maior que a Antártida, alertam cientistas

Nesta quinta-feira (16) é celebrado o Dia Internacional para a Preservação da Camada de Ozônio, data criada para conscientizar as pessoas sobre o impacto da humanidade no meio ambiente. Justo nesta data, cientistas alertam para o crescimento de um buraco na camada protetora da Terra, localizado no Polo Sul.

Segundo comunicado do Serviço de Monitoramento da Atmosfera Copernicus (Cams), o buraco aumentou de tamanho nas últimas duas semanas e agora já é maior do que 75% dos buracos identificados desde 1979. Com isso, sua extensão está maior do que a própria Antártida, continente com cerca de 14 milhões de quilômetros quadrados.

O problema é monitorado todos os anos pelo Cams, nas primaveras do Hemisfério Sul, desde que foi descoberto na década de 1980. “As previsões mostram que o buraco deste ano evoluiu para um tamanho pouco maior do que o normal”, diz Vincent-Henri Peuch, chefe do serviço de monitoramento, à agência Associated Press (AP).”Estamos diante de um buraco de ozônio bastante grande e potencialmente profundo”.

Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Peuch conta que os cientistas não conseguem ainda dizer com precisão como o buraco de ozônio irá evoluir. Contudo, ele compara a cratera com a de 2020, que estava também entre as mais profundas e duradouras dos registros do Cams desde 1979.

Por meio de satélites, o serviço coleta grandes quantidades de informações sobre a qualidade do ar, os gases de efeito estufa etc. É avaliado tanto o “ozônio bom”, que protege a Terra dos efeitos nocivos da radiação ultravioleta (UV), como o “ozônio ruim”, atrelado a problemas respiratórios.

Mapa mostra a área do buraco da camada de ozônio do Hemisfério Sul de 1979 a 2021 (Foto: CAMS)
Mapa mostra a área do buraco da camada de ozônio do Hemisfério Sul de 1979 a 2021 (Foto: CAMS)

Os cientistas esperam continuar monitorando o buraco na camada de ozônio nas próximas semanas. O desgaste dessa importante camada é causado, entre outras causas, por gases CFCs (clorofluorcarbonos), desenvolvidos na década de 1930, para a estrutura de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, sendo aplicados também em sprays, aerossóis e solventes.

Os CFCs foram proibidos por meio do Protocolo de Montreal, assinado em 1987. Especialistas já apontaram indícios de que a camada de ozônio esteja tentando se recuperar, mas é possível que demore até 2060 para que as substâncias destruidoras desapareçam completamente da atmosfera, segundo a AP.

Esta matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN. Saiba mais em umsoplaneta.globo.com.

Por Galileu

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