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Brasileira cria tijolo feito com caroço de açaí

Toneladas de caroços de açaí são produzidos diariamente no Pará, mas apenas uma pequena parte é aproveitada. Os resíduos gerados e descartados de forma irregular, por exemplo, causam problemas de acúmulo de resíduos, contribuindo para alagamentos e assoreamento em canais e vias públicas. Deste problema nasceu uma solução: o uso de caroço de açaí para a fabricação de tijolo.

Desenvolvido pela empreendedora Geisiane Ferreira Ribeiro do Nascimento, de apenas 29 anos, o tijolo é produzido por meio da empresa Xingu Tijolos Sustentáveis em Altamira.

“O tijolo passa por um processo de secagem por alguns dias, e depois ele é triturado. Após a trituração é feita uma mistura, que é colocada em uma máquina onde é feito o processo de compressão. Todos esses tijolos são compactados para que ele tenha uma resistência melhor. Depois de mais alguns dias de secagem ele já está pronto para uso”, explica Geisiane, que já sonha com a produção em escala.

tijolo açaí
Foto à esquerda: Jaime Souzza. Foto à direita: Benigna Soares

O objetivo de Geisiane é buscar a produção ambientalmente consciente, visando a redução de emissões de CO² (já que os tijolos sustentáveis não necessitam de forno), a diminuição de resíduos na obra e a redução de custos em até 40%, além de proporcionar um padrão estético atrativo.

O uso dos resíduos do açaí como matéria-prima na construção civil já é estudado por professores da Universidade da Amazônia (UNAMA) para o desenvolvimento de um concreto permeável.

Feira de Negócios Sustentáveis do Xingu

O tijolo de açaí foi apresentado durante a primeira Feira de Negócios Sustentáveis do Xingu, promovida pela empresa Norte Energia, em Altamira, no Pará. A feira teve como objetivo promover o empreendedorismo e o desenvolvimento sustentável na região.

Quinze projetos foram selecionados para receber apoio na divulgação das marcas, marketing, gestão de vendas e qualificação técnica dos produtos. Segundo relatório da Allied Market Research, o mercado global de empreendedorismo sustentável e tecnologia verde movimentará mais de US$ 48 bilhões (R$ 228, 88 milhões, na cotação atual) até 2027.

Os jovens empreendedores, de acordo com a organização do programa Belo Monte Empreende, receberam orientação sobre economia e gestão de negócios. Vale destacar que as empresas que adotam a sustentabilidade contribuem para o planeta e, em contrapartida, obtêm vantagens empresariais como aumento da eficiência de produção, redução de desperdícios, diminuição de custos, evitação de multas e incentivos fiscais.

Por Ciclovivo

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