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Brasil ainda tem 48% da população sem acesso à coleta dos esgotos

Entramos na era de aplicar as teorias, atividades e pensamentos do desenvolvimento sustentável. “Agora é o momento de colocar os projetos, empresas, produtos e ações em campo, todos focados nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecido em 2015, como um projeto comum dos seres humanos deste planeta”, salienta Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Foto: DINO / DINO

Com 208 milhões de habitantes, segundo o último levantamento do IBGE, o Brasil ainda tem quase 100 milhões (48% da população) sem acesso à coleta dos esgotos, cerca de 35 milhões de pessoas ainda não têm acesso à água tratada e somente 46% do volume dos esgotos são tratados. Significa que o país joga, em média, 5.650 piscinas olímpicas de esgoto sem tratamento na natureza diariamente.

A região norte do país é a mais precária em acesso aos serviços de saneamento, somente cerca de 10% da população tem acesso à coleta dos esgotos. Mesmo estados considerados mais ricos e desenvolvidos, como Santa Catarina e Rio Grande do Sul, possuem baixos níveis de coleta de esgotos, o que mostra que o problema está em todo território, independente do nível econômico local.

Faltam 10 anos para atingir as metas previstas para 2030. Elas buscam fortalecer a participação das comunidades locais para melhorar a gestão da água e saneamento. Representam um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. São seis metas neste objetivo e dois subtópicos.

Segundo estudo publicado pelo Sindicato Nacional das Empresas de Limpeza Urbana (Selurb), em 2019, os lixões liberam seis milhões de toneladas de gases de efeito estufa por ano. Isso equivale aos gases gerados por três milhões de carros movidos à gasolina anualmente.

“De acordo com a 7ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG Brasil), lançado no ano passado, os resíduos sólidos são responsáveis por cerca de 5% de todos os gases que causam efeito-estufa no País. É importante destacar que o número deve ser bem maior, pois faltam informações sobre o transporte e destinação dos resíduos no Brasil”, relata Vininha F. Carvalho.

A nova legislação foi criada para contribuir para estabelecer diretrizes para o setor, trazendo regras e introduzindo um conjunto de instrumentos de gestão como a regulamentação e o planejamento com o objetivo de melhorar a eficiência das empresas operadoras e alcançar a universalização dos serviços de abastecimento e saneamento básico.

A origem da palavra sustentabilidade vem do termo sustentável, que, por sua vez, tem sua origem no latim sustentare, cujo significado é sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar e cuidar. A legislação trouxe avanços importantes para o desenvolvimento do país, mas não foi ainda possível transformá-la em uma ferramenta de política pública, capaz de melhorar a qualidade dos serviços de saneamento básico brasileiro.

“A construção dos aterros sanitários é muito importante. Mas, para que ocorra uma ação sustentável plena é necessária à consciência da população e, até mesmo, do governo de alguns países. Muitas nações exportam seus resíduos sólidos para a África e Ásia, dando a impressão de que lhes dão correto destino, mas agravando o meio ambiente em outras nações”, conclui Vininha Carvalho.

Website: https://www.revistaecotour.news

Por Terra

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