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Sistema flutuante gera energia solar, eólica e das ondas

Produzir energia renovável a partir das ondas do mar, do sol e do vento é o objetivo da startup alemã Sinn Power. O sistema flutuante ainda não foi lançado, mas espera ganhar holofotes com uma demonstração no mar da Grécia durante o verão europeu, que já inicia neste mês.

Energia a partir das ondas

A plataforma flutua na superfície do oceano como um navio ancorado. Ali ele gera energia a partir das ondas. O princípio é simples: por meio dos movimentos para cima e para baixo das ondas, os corpos flutuantes anexados de cada módulo ativam uma haste de elevação. Este atrito, combinado com os geradores conectados no sistema, produzem eletricidade.

De acordo com a companhia, testes mostraram que a estrutura suporta ondas de até seis metros de altura.

O sistema ainda é combinado com pequenos geradores eólicos para gerar energia a partir dos ventos e o próximo passo será acoplar painéis solares. Por fim, deve-se ainda instalar um cabo para transportar a energia para os consumidores.

Apesar do mix de alternativas renováveis, a característica inovadora está no design modular que permite adaptar-se às condições climáticas de qualquer local.

O sistema é projetado para facilmente ser conectado e expandido, possibilitando diversas combinações. “A modularidade tem sido um aspecto fundamental desde que começamos a desenvolver tecnologias marítimas que permitem flexibilidade e uma ampla variedade de aplicações”, afirma Philipp Sinn, CEO da Sinn Power. Criada em 2015, a startup atua no desenvolvimento e construção de sistemas de energia a partir das ondas desde então.

Potencial

energia hibrida

Cada unidade flutuante possui quatro conversores de energia de ondas. Em locais onde o potencial energético das águas é baixo pode-se instalar uma matriz de células fotovoltaicas com potencial de 20kW ou até quatro pequenas turbinas eólicas de 6 kWp. A combinação das três é que faz “turbinar” o sistema energético para seu desempenho máximo.

Além disso, de acordo com artigo da Forbes, a plataforma é equipada com sensores elétricos, com classificação IP68, que transmitem dados continuamente, detectando e prevenindo possíveis falhas.

Aplicação

A solução pode ser aplicada em ilhas e praias isoladas de difícil acesso. Idealmente, poderia ser uma possibilidade também das cidades gerarem energia local e independente da rede.

O foco inicial da startup são os resorts insulares no Caribe, mas espera também contribuir para a implementação mundial de parques eólicos offshore.

Sinn Power

Com sede na Alemanha, a companhia mantém uma instalação de testes fixa na cidade de Iráklio, na ilha de Creta, na Grécia. É para lá que ela pretende atrair fabricantes de painéis solares, nos próximos meses, para testar a versão completa de seu sistema flutuante. A plataforma é usada como uma vitrine para atrair investidores e governantes. Por enquanto, a Escola Politécnica de Creta e um centro de pesquisa grego já integram o projeto-piloto.

Alguns pontos, entretanto, ainda carecem de esclarecimentos. A energia das ondas ou ondomotriz é estudada desde o século XIX e enfrenta diversos entraves, entre eles a imprevisibilidade das ondas e o oneroso custo econômico. Ainda que haja sensores ultramodernos e o CEO da Sinn Power afirme que a solução energética personalizável terá “preços competitivos em comparação com outras tecnologias”, nenhuma destas questões foram abordadas de forma mais profunda.

Além disso, será preciso enfrentar o debate de como instalar tais sistemas sem que a vida marinha seja ainda mais afetada negativamente.

Enquanto este momento não chega, confira o vídeo abaixo que mostra como funciona o sistema flutuante:

Por Ciclovivo

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