Rara baleia albina é vista em viagem incomum na Austrália

Diferente da maioria das baleias, que seguem viagem em direção ao Sul, onde as águas são mais frias, uma jovem baleia-jubarte albina, condição rara de pigmentação para a espécie, foi vista viajando para o norte da Costa de Nova Gales do Sul, no fim de semana. A misteriosa viagem da baleia, batizada de Siale, tem preocupado cientistas.
“É altamente incomum porque esta é a época do ano em que elas migram para as águas frias da Antártica, onde ficam suas principais áreas de alimentação”, disse Pip Jacobs, da Organização para Resgate e Pesquisa de Cetáceos (ORRCA). “Ela ainda está viajando para o norte e realmente precisamos que ela dê a volta, encontre alguns amigos e, com sorte, suas fontes de alimento.”
A cientista do Centro de Pesquisa de Baleias Brancas, Vanessa Pirotta, destacou à ABC News da Australia que Siale aparenta estar mais magra e que a viagem ao norte pode piorar a condição física.
Falta de pigmentação rara
Por quase trinta anos, uma única baleia-jubarte branca tinha sido vista na costa leste da Austrália e não é a jovem Siale. Trata-se, na verdade, do macho albino conhecido como Migaloo. A primeira aparição dele foi registrada em 1991. No entanto, ele não é visto desde 2020.
Para identificar que Siale não era Migaloo, os cientistas utilizaram inteligência artificial e fotografia de nadadeiras caudais. Isso porque as nadadeiras são usadas como impressões digitais individuais. Ela também disse que apenas uma em 40 mil jubartes é albina. Foi possível confirmar que Siale nasceu no ano passado, em agosto, em Tonga.
“É muito empolgante ver [Siale], mas ainda não sabemos tanto sobre elas; por isso estamos tentando obter o máximo de informações possível do público”, afirmou.
Apesar da raridade, as jubartes albinas também são presas mais fáceis para predadores, de acordo com a pesquisadora Vanessa Pirotta. “É um presente para nós, pesquisadores, porque elas são tão diferentes. São fáceis de identificar e documentar”, disse.
“Mas isso também as coloca em maior risco de atrair predadores, pois são muito visíveis.”
Por Um Só Planeta
Foto: Tristin Sheen






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