Quatro filhotes de arara-azul-de-lear, em perigo de extinção, nascem em zoológico de SP
Um filhote de arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) nasceu nesta quinta-feira (20) no Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado de São Paulo (Cecfau), em Araçoiaba da Serra. A instituição é ligada à Fundação Parque Zoológico de São Paulo.
Com isso, vai a quatro o número de filhotes de arara-azul-de-lear que nasceram neste ano em cativeiro no Cecfau. Outros dois filhotes nasceram no início de janeiro e, o terceiro, na última quarta-feira (18).
Um quinto filhote está prestes a romper a casca do ovo. A previsão é que ele nasça entre domingo (23) e segunda-feira (24).
Filhotes recebem cuidados diários da equipe técnica — Foto: Divulgação
De acordo com o biólogo Cauê Monticelli, coordenador do Cecfauna, a população de cativeiro de espécies ameaçadas são tidas como “população backup”, ou seja, são uma amostra genética de animais que podem vir a sumir da natureza.
“Um dos motivos da reprodução em cativeiro é ter animais que possam ser soltos na natureza e fazer o reforço populacional”, afirma, referindo-se à variedade genética.
Isso porque a população de araras-de-lear na natureza é pequena – são menos de 2 mil indivíduos (leia mais abaixo).
Arara-azul-de-lear em risco de extinção
Arara-azul-de-lear em cativeiro em imagem de janeiro de 2019 — Foto: Marcelo Brandt/G1
Os nascimentos representam um avanço no desafio de conservar a espécie, que está sob risco.
Em todo o Brasil, são 1.173 espécies sob algum tipo de ameaça de extinção. A arara-azul-de-lear está entre elas. Em todo o mundo, estima-se que existam 1,7 mil delas – a maioria na caatinga brasileira.
A arara-azul-de-lear é o único psitacídeo (família de aves que inclui os periquitos, araras e papagaios) alvo da Aliança Brasileira para Extinção Zero (Baze). Ela também está na lista vermelha da BirdLife International, uma das principais referências em preservação de aves.
As aves que nasceram em cativeiro podem vir a participar de programas de soltura no ambiente e incrementar a variabilidade genética da espécie. Em janeiro de 2019, o G1 esteve no sertão da Bahia acompanhando um projeto de soltura destas aves.
Confira no link e no vídeo abaixo:
Por G1
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