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Cientistas vão cavar a Antártica para impedir o aquecimento global

Henrique Freitas, editado por Matheus Luque

Cientistas vão cavar 3km de gelo na Antártica para aprender mais sobre o passado da Terra e investigar o estado atual das mudanças climáticas. O projeto terá início em 2021 e levará cerca de quatro anos para perfurar toda a extensão prometida. “Vamos resolver um dos últimos grandes problemas da ciência climática“, afirma o glaciologista Tas Van Ommen, à Australian Associated Press.Veja também: Aquecimento global pode gerar voos mais turbulentos; entenda o motivoMeio ambiente: cientistas criam plástico que pode ser reciclado várias vezes

Para isso, os pesquisadores usarão uma broca ultra-avançada de 9m, feita de titânio, aço inoxidável e bronze de alumínio. A ferramenta foi apresentada pela Divisão Antártica Australiana (AAD) nesta segunda-feira (23) e pode sobreviver a temperaturas de até -55ºC.

Matt Filipowski, diretor do projeto, explica que a câmara de perfuração da broca captura o bloco de gelo, para que os cientistas guinchem a ferramenta de volta até a superfície, retirem a área cavada e repitam o procedimento. A broca será capaz de extrair cerca de 3m de gelo por vez.

A pesquisa requer uma base móvel de 500 toneladas, que será instalada a cerca de 1,2 mil km da costa da Antártica. Essencialmente, os cientistas estão procurando por pequenas bolhas de ar presas no gelo, que podem dar uma noção de como o clima mudou nos últimos milhões de anos. Cada bolsinha de ar simula uma cápsula do tempo, com informações de como era o planeta no passado. Se mapeadas, vão proporcionar uma compreensão maior sobre o quadro climático de hoje.

Há cerca de um milhão de anos, o planeta passou a receber uma era glacial a cada 100 mil anos. Antes, elas aconteciam a cada 40 mil anos. “Queremos pegar esse gelo, analisar essas cápsulas do tempo e entender o que o dióxido de carbono (CO2) fez naquele período”, explica van Ommen. Esse tipo de pesquisa pode ser a chave diante das atuais mudanças climáticas, antes que seja tarde demais. 

Fonte: Digital Trends

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