Brasileiro vence prêmio internacional por projeto para salvar botos
Tido como um dos mais importantes prêmios internacionais de preservação ambiental, o Whitley Award deste ano contemplou o brasileiro Pedro Fruet pelo projeto intitulado “Construindo pontes para incentivar a coexistência com o boto-de-Lahille no sul do Brasil”. Ele recebeu 40 mil libras – cerca de 286 mil reais – da fundação britânica Whitley Fund for Nature.
Pedro fundou uma ONG ambiental chamada Kaosa, em Rio Grande (RS), no ano de 2007. A instituição visa atuar de maneira local, promovendo a conscientização de moradores, empresas e do poder público. Os botos-de-Lahille tornaram-se personagens importantes para a ONG por estarem ameaçados de extinção. Eles existem apenas no Brasil, no Uruguai e na Argentina e estima-se que sua população seja de 600 indivíduos atualmente.
Os esforços da ONG para salvar esses animais estão concentrados no Estuário da Lagoa dos Patos – a maior laguna costeira do Atlântico Sul Ocidental. Os ambientalistas lutam para que a pesca no local seja realizada de maneira sustentável. Através da captura acidental, a pesca predatória é responsável por pelo menos 40% das mortes de botos-de-Lahille naquela região.
“Ao proteger os botos-de-Lahille nós podemos proteger todo o ecossistema e melhorar a vida das comunidades costeiras”, acredita Pedro. Neste ano, outros seis ambientalistas foram contemplados pelo Whitley Award. Seus projetos atuam nos seguintes países: África do Sul, Índia, Nigéria, Argentina e Quênia.
Em 2020, duas brasileiras saíram vencedoras: Gabriela Rezende e Patrícia Medici. Ambas trabalham no Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Patrícia com antas e Gabriela com micos-leões-pretos. Até hoje, dez brasileiros já foram contemplados pelo prêmio.
Por Galileu
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