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Avanços na energia renovável não garantem metas até 2030

O crescimento da utilização de energia renovável superou o crescimento do consumo total de energia a partir de 2012, revela o relatório sobre os objetivos de desenvolvimento sustentável, produzido pela Organização das Nações Unidas.

Segundo o relatório especial da ONU de 2019, discutido durante a Cimeira de Desenvolvido Sustentável que teve lugar esta terça-feira e quarta-feira, em Nova Iorque, a fatia de energia renovável no consumo global total de energia aumentou ligeiramente de 16,6% em 2010 para 17,5% em 2016. No entanto, a organização salienta que continuam a ser “necessárias mudanças muito mais rápidas para atingir as metas”.

“Ainda que o nível absoluto de consumo de energia renovávelcresceu mais de 18% desde 2010, somente desde 2012, o crescimento das energias renováveis superou o crescimento da energia total consumo”, realça o relatório.

Segundo o balanço da ONU, a intensidade global de energia primária, isto é a proporção de energia utilizada por unidade de PIB, progrediu para 5,1 em 2016, melhoria de 2,3% face a 2010, mas ainda abaixo da taxa anual de 2,7% necessária para atingir a meta dos objetivos de desenvolvimento.

Na radiografia feita ao consumo de energia, a ONU destaca que “o acesso à eletricidade nos países mais pobres começou a acelerar, a eficiência energética continua a melhorar e as energias renováveis estão a registar ganhos no setor elétrico”.

No entanto, apesar desta evolução e dos fluxos financeiros internacionais para os países em desenvolvimento para apoio à energia renovável tinham atingido 18,6 mil milhões de dólares em 2016, – quase o dobro dos 9,9 mil milhões alcançados em 2010 -, cerca de 800 milhões de pessoas continuam sem ter acesso a eletricidade.

Maioria dos países não deverá alcançar a gestão integrada de recursos hídricos até 2030
Nas últimos décadas têm-se registado progressos no acesso a água potável e nas questões de saneamento. No entanto, a ONU realça que para atingir o acesso universal ao saneamento básico até 2030 seria necessário “duplicar a atual taxa anual de profresso”.

“O uso e a gestão mais eficiente da água são essenciais para atender à crescente procura por água, ameaças à segurança da água e à crescente frequência de secas severas e inundações resultantes das alterações climáticas”, refere a ONU.

Entre os 172 países da ONU, 80% têm atualmente uma implementação média-baixa ou melhor gestão integrada dos recursos hídricos. No entanto, é improvável que 60% dos países atinjam a meta de plena implementação até 2030.

Segundo os dados da organização, dois mil milhões de pessoas vivem em países com pressão hídrica elevada.

“Aproximadamente um terço dos países apresenta níveis médios ou altos de pressão hídrica. Quase todos os países que registaram pressão hídrica elevada estão localizados no norte da África e no oeste da Ásia ou no centro e sul da Ásia, e esses níveis indicam sérias dificuldades hídricas no fornecimento de água doce, pelo menos durante partes do ano”, realça a ONU.

“É necessário um esforço significativo para garantir que a cooperação seja operacional em todas as bacias transfronteiriças”, apela a organização.

Ânia Ataíde

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