• SIGA O JUSCELINO NAS REDES

Araras-canindé traficadas são reintroduzidas no Pantanal

Um grupo de oito araras-canindé (ara ararauna) pode finalmente ser reintroduzido na natureza depois de passar anos longe de casa. Resgatadas do tráfico de animais silvestres ainda filhotes, em São Paulo (SP), as araras foram repatriadas para Mato Grosso do Sul nesta semana. Mas antes disso, o grupo passou quatro anos em um viveiro mantido sob responsabilidade da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo (SVMASP).

“Nos últimos dois anos, elas ficaram em um ambiente [em São Paulo] onde foram preparadas para a soltura, aprendendo a voar e a se aclimatar com o ambiente natural delas”, conta a ((o))eco Larissa Alcântara, médica veterinária do Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras), em Campo Grande (MS), onde as araras foram recebidas na terça-feira (11) em um voo do Programa Avião Solidário, da Latam. 

Na quarta-feira (12), o grupo de araras foi levado por uma equipe do Cras até Miranda (MS), no Pantanal. Segundo a médica, foi do bioma que as araras tinham sido levadas ilegalmente. Lá, as araras foram soltas nesta quinta-feira (13). “Bem cedo já abrimos o recinto e deixamos elas saírem aos poucos, sendo monitoradas o tempo todo. Todas saíram bem rápido e voaram para longe”, relata Alcântara, que acompanhou o processo. 

De acordo com a médica veterinária, é muito difícil que as araras retornem ao recinto, que fica em uma propriedade rural de Miranda (MS). “Lá tem muita variedade em alimento”, argumenta Larissa. “Quando elas demonstram sinais de volta é logo após a soltura. Quando saem, se dispersam e vão para longe [como aconteceu aqui] raramente elas acabam voltando”, acrescenta. 

Em Mato Grosso do Sul, não é comum o recebimento de animais para a soltura, disse a coordenadora do Cras, Aline Duarte. A repatriação do grupo de araras-canindé traficado ocorreu por conta do fato dele ter sido levado do próprio estado. “Só é feito essa soltura por nós quando o animal, independente da espécie, foi levado daqui”, explica Larissa. 

Por O Eco

0 Comentários

Deixe um comentário

Seu email não será publicado.

Inscreva-se

Receba as últimas notícias do Blog do Juscelino