Temperatura no planeta em novembro foi a mais alta para o mês desde 1979
Os índices de de novembro de 2020 foram os mais altos para o mês desde o início do monitoramento climático pelo Serviço de Mudança Climática Copernicus, da União Europeia, em 1979. A informação, divulgada nesta segunda-feira (7), faz parte do relatório mensal da organização. Segundo as análises, a média de temperatura global foi cerca de 0,8 °C acima do período utilizado como referência padrão, de 1981 a 2010.
De acordo com o documento, as temperaturas estiveram acima da média em boa parte da Europa, dos Estados Unidos, da América do Sul, do sul da África, do planalto tibetano, do leste da Antártida e da maior parte da Austrália. Outras duas regiões com situações semelhantes foram a Sibéria e o Oceano Ártico, onde o aumento da temperatura levou o gelo marinho a atingir sua segunda menor extensão em novembro desde 1979.
“Essa tendência é preocupante e destaca a importância de um monitoramento abrangente do Ártico, uma vez que está aquecendo mais rápido do que o resto do mundo”, afirmou Carlo Buontempo, diretor do Serviço de Mudança Climática Copernicus, em comunicado.
Já as temperaturas médias de outono na Europa foram mais altas do que em qualquer outono registrado. Para o outono de 2020 no Hemisfério Norte (setembro, outubro e novembro), as temperaturas europeias foram 1,9 °C acima do período de referência padrão e 0,4 °C mais elevadas que as de 2006, as mais altas até então.
As informações do Copernicus foram divulgadas dias após a Organização Meteorológica Mundial da Organização das Nações Unidas (WMO-ONU) anunciar que 2020 entrará para o top 3 anos mais quentes da história, superando 2019 e quase empatando na liderança com 2016.
“Esses registros são consistentes com a tendência de aquecimento de longo prazo do clima global”, pontuou Buontempo. “Todos os formuladores de políticas que priorizam a mitigação dos riscos climáticos devem ver esses registros como sinais de alarme e considerar mais seriamente do que nunca a melhor forma de cumprir os compromissos internacionais estabelecidos no Acordo de Paris de 2015.”
Por Revista Galileu
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