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Projeto capacita jovens para que se tornem ‘defensores do meio ambiente’; veja como participar

Abriram nesta terça-feira (1º) – e vão até o dia 10 de junho – as inscrições para o LAB Jovens, um projeto que pretende criar uma rede nacional permanente de jovens defensores do meio ambiente. O combate à poluição das águas e a luta contra os microplásticos é o tema deste ano.

O programa é organizado por um grupo de entidades brasileiras e internacionais. Podem participar jovens com idade entre 18 e 26 anos (saiba mais abaixo).

Por meio de webinários, oficinas e encontros orientados, 200 jovens selecionados irão trabalhar em propostas para a preservação de mares e rios do país. As iniciativas desenvolvidas durante o LAB terão um “fundo semente” de R$ 5 mil cada uma.

Como um copo de plástico foi parar no intestino de uma tartaruga-verde
Como um copo de plástico foi parar no intestino de uma tartaruga-verde

Na primeira etapa, os jovens irão participar de uma série de eventos sobre poluição e proteção dos rios e oceanos. Nas etapas seguintes, que se estendem até o final do ano, o objetivo é planejar e colocar em prática os projetos.

O LAB Jovens também irá apoiar e premiar projetos e iniciativas que abordam o ativismo sob diferentes perspectivas: comunitária, científica, artística, jornalística e internacional.

O projeto faz parte do FrancEcoLab Brasil, que trabalha na sensibilização de escolas e jovens defensores do meio ambiente. “Este ano, mais de 3, 5 mil alunos de 50 escolas do Brasil e todo o Brasil estão trabalhando conteúdos sobre a preservação do planeta e seus ecossistemas”, diz a Embaixada da França.

Os microplásticos são partículas de plástico com um tamanho na faixa de micrômetros ou nanômetros (0.0001 a 0.0000001 centímetro). A maioria dos microplásticos é liberada por tecidos sintéticos, como fiapos.

Cerca de 60% das roupas contêm fibras sintéticas, e essa proporção deverá aumenta porque as fibras sintéticas são baratas de se produzir. De acordo com um estudo da União Europeia (UE), somente na Europa, as máquinas de lavar despejam cerca de 30 mil toneladas de fibras sintéticas no sistema de esgoto a cada ano. E algumas acabam no mar.

Tintas usadas para a marcação de rodovias e para evitar que os navios apodreçam também contribuem para o acúmulo de microplásticos nos oceanos. Pequenos pedaços de plástico desgastado de pneus e marcações rodoviárias são transportados pelo vento e pela água para córregos e riachos. Eventualmente, parte deles termina no mar.

Os microplásticos são muito pequenos para serem vistos a olho nu. Mexilhões, vermes marinhos e peixes absorvem alguns desses pequenos fragmentos ao se alimentarem.

Como o plástico não pode ser digerido, ele se acumula nesses pequenos organismos, e quando predadores se alimentam deles, também ingerem o plástico. Estudos mostram que a ingestão pode ter efeitos como chances reduzidas de reprodução, crescimento e locomoção mais lentos, maior tendência à inflamação e maior mortalidade.

Brasil lança 2 milhões de toneladas de lixo em rios e mares por ano
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Cerca de 70% da superfície do planeta é coberta pelos oceanos, que são responsáveis por, pelo menos, 50% do oxigênio produzido na Terra. No entanto, 40% dos oceanos são considerados fortemente afetados pela atividade humana.

O lixo plástico é o que causa mais preocupação. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), se nada for feito, até 2050 haverá mais fragmentos de plásticos nos oceanos do que espécies marinhas.

“O LAB Jovens acredita que a criação de uma rede permanente de jovens ativistas pode mudar isso por meio da conscientização e da ação”, dizem os organizadores.

O Brasil é o quarto maior produtor de lixo plástico do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, da China e da Índia. Pouco mais de 1% desse plástico chega a ser reciclado no país.

Por G1

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