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Mini florestas ajudam a combater mudanças climáticas na Austrália

Enquanto novas tecnologias são desenvolvidas para combater mudanças climáticas e sequestrar carbono da atmosfera, algumas cidades recorrem à natureza e às suas tecnologias milenares – e muito eficientes – para desempenhar esta função. É o caso de Wollongong, uma cidade industrial localizada na costa leste da Austrália que está plantando mini florestas com a ajuda da população.

Felicity Skoberne, que trabalha no Jardim Botânico de Wollongong, explica que a inspiração veio do botânico japonês Akira Miyawaki que desenvolveu uma técnica para plantar pequenas florestas em áreas urbanas. O método já foi usado em várias partes do mundo e prevê o preparo cuidadoso do solo, seleção de uma variedade alta de espécies nativas e plantio adensado das árvores e espécies companheiras.

Seguindo os ensinamentos do botânico, uma mini floresta não demora muito para se desenvolver e trazer diversos benefícios ambientais. Segundo Felicity, as áreas verdes plantadas pela equipe do Jardim Botânico de Wollongong leva apenas 10 meses para crescer de 30 centímetros para mais de 3 metros de altura.

Para ajudar a cidade a se tornar mais verde e aumentar sua resiliência aos eventos climáticos, é importante contar com o apoio da população, já que três quartos do espaço aberto na área de Wollongong são terras privadas. Ao plantar pequenas florestas em seus terrenos, as pessoas ajudam a construir um lugar melhor para todos.

mini floresta urbana
Foto: Wollongong City Council

“Pequenas florestas podem entrar em qualquer ambiente e prosperar graças à forma como foram plantadas”, explica Felicity. “Se as pessoas conseguirem imitar estas pequenas florestas, isso aumentará a nossa resiliência como cidade às alterações climáticas”.

Skoberne diz que pequenas florestas são fáceis de criar e, em troca, produzem cerca de 30 vezes o que um gramado produziria em termos de benefícios para a atmosfera. “Sequestrar carbono, devolver oxigênio, criar sombra e habitat para diferentes espécies de fauna e flora… é um conceito realmente maravilhoso!”, disse ela.

“À medida que as temperaturas aumentam, precisamos do efeito de resfriamento que múltiplas pequenas florestas e árvores em geral podem trazer para toda a nossa região, na verdade, em todo o país. Adoraríamos ver as pessoas abraçarem esse conceito, testá-lo e experimentá-lo em seus próprios quintais”, completa Felicity.

Uma floresta em construção

Alunos de uma escola secundária da região de Illawarra, onde está Wollogong, estão colocando em prática a ideia de criar uma mini floresta. Os estudantes transformaram uma área comunitária em uma área verde de 10 x 10 metros e garantindo um espaço para as gerações futuras se divertirem.

A minúscula floresta foi plantada em um terreno em frente à escola. “Agora que criamos uma pequena floresta, esperamos que as pessoas venham aqui, aproveitem a área verde e cuidem dela”, conta Charlotte Feather, estudante do 11º ano da Dapto High School.

Para preparar o solo, os alunos alimentam com restos de comida as galinhas da escola, que produzem estrume, que depois é transportado para o terreno.

Sketch Holmes, estudante do 10º ano, diz que há um total de 256 plantas, árvores e arbustos plantados no local, somando 111 espécies diferentes. “Espero que os futuros alunos assumam nossas vagas e cuidem deste lugar, para que possamos voltar em 10 anos e ver o quanto a floresta cresceu”, disse ele

David Bateman diz que os alunos estão de parabéns. “Esse projeto tem bastante sucesso porque esses alunos gostam de fazer atividades ambientais no entorno da escola. Estamos produzindo isso para uso de todos na comunidade, não apenas dos alunos”.

Por Ciclovivo

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