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Mini composteira transforma orgânicos em adubo em 1 clique

Transformar restos de alimentos em adubo e fertilizante é uma prática que reduz em 50% a produção de lixo em casa. Entretanto, para tornar o próprio gerenciamento de resíduos em um hábito comum é preciso um esforço que nem todos estão dispostos. Para tornar a prática mais atrativa, a empresa Pela criou a mini composteira Lomi: capaz de, em poucas horas, transformar resíduos orgânicos em um fertilizante natural rico em nutrientes.

Como uma composteira comum, o dispositivo recebe borra de café, cascas de frutas e legumes. Mas, vai ainda além, podendo transformar também plásticos biodegradáveis e produtos de origem animal, como cascas de ovos, restos de carne e ossos moles. É só colocar tudo dentro da Lomi, apertar um botão e esperar a “mágica” acontecer.

A característica mais envolvente desta nova mini composteira é sua praticidade. A Lomi não requer os cuidados de uma composteira comum – onde é preciso se atentar quanto à umidade, odor e temperatura. Isso porque o modelo é elétrico e possui um ambiente totalmente controlado.

Lomi
Foto: Lomi

Como funciona

O dispositivo contém sensores de temperatura e umidade que aceleram a decomposição de resíduos orgânicos em fragmentos menores. Ao compactar, é reduzido a massa e o volume do conteúdo enquanto um fluxo de ar contínuo e um moedor pesado giram o composto. Para inibir qualquer odor, durante o processo de compostagem, a Lomi utiliza filtros de carvão.

mini composteira elétrica
Foto: Lomi

O sistema possui apenas um botão e opera em três modos de compostagem: Grow, Eco-Express e Lomi-Approved. O Grow é o ciclo mais longo, leva entre 16 e 20 horas para decompor os resíduos e, devido a configuração de calor ser baixa, preserva o máximo possível de nutrientes. Ou seja, o produto final, uma substância seca semelhante à fibra de coco, pode ser usado como composto para as plantinhas da residência.

Já o modo Eco-Express é o oposto: ciclo de compostagem mais curto e com menor gasto de energia. Leva de três a cinco horas para ser concluído e apenas compacta os resíduos. O produto final pode ser colocado em uma pilha de compostagem comum ou na lixeira, a vantagem é que a liberação de gás metano será menor do que se os resíduos não tivessem passado pelo processo.

mini composteira
Foto: Lomi

Por fim, o modo Lomi-Approved é para bioplásticos e leva de cinco a oito horas. Apesar de um grande chamariz, a função é menos vantajosa do que aparenta à primeira vista: nem todos os bioplásticos podem ser colocados no dispositivo e o produto final não pode ser despejado diretamente no solo.

Mini composteira cabe em qualquer lugar

O modelo também é compacto, tem um design moderno e pode facilmente ser confundido com um eletrodoméstico. Desta forma, mesmo em pequenos espaços, o aparelho pode ser posicionado em um cantinho na bancada da cozinha.

Outro ponto interessante é que não é preciso se preocupar com o gasto energético: a Lomi usa cerca de 1 quilowatt-hora por ciclo Grow. De qualquer forma, para minimizar os custos, basta usar a mini composteira na capacidade máxima.

composteira
Foto: Lomi

A empresa Pela, responsável por desenvolver a Lomi, também vende capa de telefone e AirPods compostáveis, além de óculos de sol totalmente biodegradáveis. Seu modelo de negócio é certificado como uma Empresa B, o que significa que sua atuação também visa o desenvolvimento social e ambiental.

Produto já está à venda

Para entrega fora do Canadá e dos Estados Unidos, a Lomi está esgotada, mas foi vendida por 429 dólares – cerca de 2200 reais na cotação de 24 de agosto de 2022. O preço inclui a própria máquina, um suprimento de carvão ativado para um ano (para ajudar a absorver o cheiro) e um saco de “LomiPods” (comprimidos que aceleram a compostagem e adicionam nutrientes ao produto final). Ou seja, entre as desvantagens desta composteira estão justamente o fato de que será preciso comprar o LomiPod e recargas de carvão ativado.

mini composteira
Foto: Lomi

Ao analisar o produto para o site bon appétit, a jornalista Iona Brannon destacou que o aparelho possui ruído. “Está em um nível semelhante ao de uma cafeteira ou micro-ondas – não perturbador, mas não silencioso”, afirmou. Segundo ela, que já experimentou os métodos comuns de compostagem, a Lomi não é a maneira mais ecológica de descartar resíduos de alimentos ou criar composto, porém é “um produto que pode ser incrivelmente benéfico para quem quer começar a fazer compostagem e precisa de uma solução fácil”.

Logo no início do review, Iona brinca que se encaixa perfeitamente no público-alvo da mini composteira elétrica: “ambientalmente consciente, bem intencionado e um pouco preguiçoso”.

Por Ciclovivo

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