Marca brasileira usa “couro” de abacaxi na fabricação de sapatos
Desde 2016, o CicloVivo destaca o trabalho da marca Insecta Shoes. Fundada em 2014 em Porto Alegre (RS), a empresa começou apostando no reaproveitamento de tecidos para a produção de sapatos estilosos e livres de crueldade animal. Agora, já estabelecida no mercado, o investimento ousado é no Piñatex: tecido feito a partir do abacaxi.
Criado pela designer espanhola Carmen Hijosa, o Piñatex promete ser tão resistente quanto o couro de animais e pode ser produzido em grande escala. A marca explica que para um metro quadrado de tecido são usadas 480 folhas da fruta retirados de cerca de 20 abacaxis. “O Piñatex é flexível, absorve bem as estampas e cores, e pode facilmente ser costurado”, afirma Barbara Mattivy, fundadora da Insecta Shoes.
Além dos benefícios óbvios, como evitar a crueldade animal, a produção do couro ecológico de abacaxi utiliza uma quantidade menor de água e produtos químicos na sua produção, não necessita de fertilizantes extras e surge de uma matéria que seria descartada.
Por fim, a Insecta Shoes destaca as oportunidades de emprego que são geradas pela produção do Piñatex. “O tecido de abacaxi se torna uma fonte de lucro importante para as comunidades, por meio da produção das fibras, é possível produzir a biomassa do abacaxi. Esse é outro subproduto da fruta que pode ser utilizado como fertilizante orgânico ou biogás”, explica a marca.
Desta forma, a marca que começou da junção de um brechó e uma empresa que produzia calçados com excessos de couro da indústria dá agora novos passos e deve conquistar um público ainda maior. Dois modelos com o novo tecido já estão disponíveis e é possível adquiri-los pelo site da Insecta ou nas lojas físicas em São Paulo e Porto Alegre.
Para saber mais sobre o Piñatex, falamos sobre ele aqui.
Por Ciclovivo
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