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Extensão do gelo marinho no Ártico atinge 10º menor nível desde 1979

O gelo marinho do Ártico atingiu sua 10º menor extensão em relação à média histórica, de acordo com o Centro Nacional de Dados de neve e Gelo — um banco de dados que abrange registros de satélites da NASA e outras instituições. Não há dúvidas de que o recuo dessa camada de gelo seja um efeito direto do aquecimento global.

Em 25 de fevereiro desse ano, o gelo marinho do Ártico atingiu sua máxima extensão após crescer durante as estações mais frias do ano, outono e inverno. Mesmo com 14,88 milhões de quilômetros quadrados, essa é a 10ª menor extensão observada por satélites desde o início dos registros oficiais em 1979.

A linha em amarelo destaca o a extensão máxima média do gelo marinho do Ártico (Imagem: Reprodução/NASA)

Esse gelo está aproximadamente 770 mil quilômetros quadrados abaixo do máximo médio registrado de 1981 a 2010. Para comparação, equivale a perder uma área de gelo um pouco menor do que os estados do Paraná e Minas Gerais, que, juntos, somam cerca de 750 mil quilômetros quadrados.

No Ártico, o gelo marinho atinge sua máxima extensão por volta de março e a mínima em setembro, após derreter durante as estações mais quentes. O mesmo é observado na Antártida, no hemisfério Sul, mas em um ciclo oposto.

Esse retrato é possível graças aos sensores de satélites que processam imagens diárias, onde cada pedaço delas cobre uma área de 25 km por 25 km. Essas informações também são usadas para ter uma noção do oceano da extensão do oceano, coberto por pelo menos 15% desse gelo marinho.

Recuo do gelo marinho nos polos da Terra

Desde 1979, as extensões máximas do gelo marinho no Ártico diminuíram a 13% a cada década, enquanto as extensões mínimas caíram a um ritmo de 2,7% a cada década. Esse recuo está atrelado ao aquecimento global induzido pelas emissões de CO2 por atividades humanas.

O gráfico demonstra a extensão diária do gelo marinho do Ártico nos anos de 2022, 2021 e 2012 — quando atingiu seu menor tamanho (Imagem: Reprodução/Joshua Stevens/NASA Earth Observatory)

Uma recente análise da NASA, revelou que o Ártico está aquecendo até três vezes mais rapidamente do que em qualquer outra parte do mundo. Em fevereiro, a extensão mínima do gelo marinho na Antártida também atingiu um recorde, mas essa camada ainda apresenta altos e baixos regulares.

Essa diferença é explicada pelas características geográficas de cada uma dessas regiões polares. Enquanto o gelo marinho no Ártico é cercado por terra, o da Antártida é rodeado pelo Oceano Antártico, onde o gelo pode avançar com maior facilidade.

De modo geral, o gelo marinho da Antártida apresenta um tendência de aumento bem tímida, mas está longe de ser o suficiente para compensar a perda do gelo marinho no polo Norte. Todo gelo dessas regiões é fundamental para regular as temperaturas do planeta.

Além disso, a perda dessa camada de gelo pode impulsionar ainda mais o aquecimento global, tanto em um cenário local como generalizado, uma vez que mais terra e rochas, mais escuras do que o gelo, ficam expostas aos raios solares e, justamente por serem mais escuras, absorvem mais calor.

Fonte: NASA

Por CanalTech

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