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Escola é feita com 2,5 milhões de embalagens plásticas recicladas

São Paulo ganhou recentemente sua primeira escola construída de maneira totalmente sustentável: a Mangalô Montessori School. Localizada no Parque São Rafael, na zona leste de São Paulo, ela foi construída pela ONG Mangalô com a ajuda de mais de 600 voluntários.

A estrutura foi feita de madeira reflorestada, seguindo o método “woodframe”, e os revestimentos utilizaram chapas e telhas ecológicas feitas de 2,5 milhões de embalagens plásticas e caixas de leite recicladas.

A escola é bilíngue e segue o método montessoriano de educação, que promove a autonomia e liberdade individual das crianças respeitando as suas fases de desenvolvimento.

Vale destacar que a instituição é destinada a estudantes pagantes de mensalidades sociais, com valores de R$150 a R$550, de acordo com a renda familiar, além de bolsistas.

Construção sustentável

Foto: Mangalô Montessori

ONG Mangalô é uma holding – uma empresa que possui como atividade principal, a participação acionária majoritária em uma ou mais empresas, fundada em 2012 que trabalha com projetos sociais nas áreas de educação, habitação e voluntariado, buscando solucionar problemas sociais através de inovação e sustentabilidade.

Uma das suas empresas integrantes é a EcoLar, construtora sustentável de baixo custo que assumiu o projeto das unidades da Mangalô Montessori School, utilizando o método “woodframe”, pouco utilizado no Brasil, mas muito aplicado em países como Alemanha, Chile, Estados Unidos e Japão.

Ao utilizar madeira de reflorestamento, o projeto garantiu uma estrutura 100% renovável.
Outro destaque se dá pela tecnologia da empresa brasileira Ibaplac, que transformou caixas de leite, canudos, tubos de pasta de dente e outras embalagens em produtos impermeáveis de alta resistência e durabilidade que foram utilizados nos revestimentos.

Além disso, as chapas e telhas ecológicas utilizadas na construção possuem alumínio em sua composição, que é capaz de refletir raios ultravioleta, proporcionando conforto térmico às construções. Dessa forma, há uma diminuição no consumo da energia elétrica.

Ao todo, estima-se que o projeto sustentável gerou 95% menos resíduos, emitiu 90% menos CO2, usou 90% menos água e produziu 95% menos resíduos em comparação à construção civil tradicional.

Foto: Mangalô Montessori

De acordo com Fernando Teles, fundador da ONG Mangalô, o “woodframe” sustentável também permite que os projetos de construção sejam feitos de forma mais ágil e com um custo muito menor: a agilidade fica em torno de 60% a 70% mais rápida, dependendo do projeto, enquanto que o custo total varia de 30 a 70% mais barato em relação à alvenaria.

“Se espalhássemos esse método para o país todo, reduziríamos drasticamente o déficit habitacional, que é um absurdo no Brasil. Estamos presos à alvenaria que é extremamente poluente, cara e com execução dificultosa”, afirmou Teles.

Nesse sentido, o exemplo do Mangalô Montessori School evidencia o quanto a comunidade pode se beneficiar quando boas intenções, inovação e sustentabilidade se juntam em projetos de construção civil, servindo de inspiração para outras iniciativas similares no futuro.

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Fontes: Estadão | Terra

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