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“Caixa preta” poderá registrar colapso da humanidade para gerações futuras

O projeto Earth’s Black Box propõe a construção de uma imensa caixa de aço em uma região remota da Tasmânia para coletar dados científicos. A ideia da equipe envolvida na empreitada é que esses dados sirvam como informações das caixas pretas dos aviões para que, caso a humanidade entre em colapso, as civilizações futuras possam entender o que causou o nosso “fim”.

Esta empreitada é o fruto de uma colaboração entre a Universidade da Tasmânia, a agência de publicidade Clemenger BBDO e a agência criativa The Glue Society. Juntos, estão desenvolvendo esta grande caixa preta para coletar dados climáticos, como os níveis de gás carbônico, a temperatura do mar e os níveis de consumo de energia, além de posts em redes sociais e notícias sobre eventos importantes.

A equipe do projeto espera construir a caixa em algum lugar geograficamente estável na Tasmânia (Imagem: Reprodução/Earth’s Black Box)

Jim Curtis, diretor criativo executivo na Clemenger BBDO, explica que a ideia é, caso a Terra “quebre” como resultado das mudanças climáticas, esse dispositivo de gravação, dito indestrutível pelos organizadores do projeto, estará lá para quem quer que sobre, para saber o que aconteceu. Para isso, a caixa será feita com uma estrutura de aço com 7 cm de espessura.

Em seu interior, haverá um sistema de dispositivos de armazenamento conectados à internet, alimentados por painéis de energia solar instalados na parte superior da caixa. “Ela foi criada para durar mais que todos nós”, disse Jonathan Kneebone, cofundador da Glue Society. “Se o pior realmente acontecer, só porque a rede elétrica caiu, essa coisa ainda estará aqui”.

Com a luz solar, a caixa vai fazer o download de dados científicos e um algoritmo vai coletar na internet materiais relacionados às mudanças climáticas. A construção da estrutura está programada para acontecer somente em 2022, mas a coleta de informações já está em andamento — ela começou com a COP26, conferência do clima realizada em Glasgow. Enquanto a caixa propriamente dita não é finalizada, a equipe do projeto já tem um desafio à frente.

Como as civilizações futuras vão encontrar somente um monolito misterioso em um local remoto, o que pode ser feito para ajudá-los a acessar as informações que o objeto guarda? “Estamos explorando a possibilidade de incluir um leitor eletrônico que fique dentro da caixa e que seja ativado com a exposição à luz solar, também reativando-o se estiver em um estado de hibernação de longo prazo como resultado de uma catástrofe”, disseram os desenvolvedores do projeto.

Por Canaltech

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