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Barbeira já recolheu 30 mil bitucas em projeto que troca cortes de cabelo

Fumante ou não, você tem ideia do estrago que uma pequena bituca de cigarro jogada no chão pode causar ao meio ambiente? Foi a partir desse questionamento que a barbeira Ana Cláudia Borges, 25, teve a ideia de incentivar a coleta e reciclagem de bitucas ao oferecer cortes de cabelo para moradores de Atibaia, cidade onde mora, no interior de São Paulo.

Tudo começou no tédio da quarentena. Com a baixa de clientes, Ana, que já fazia um trabalho com reciclagem de latinhas, passou a observar a quantidade de bitucas nas ruas. Ao recolhê-las, pensou em como criar uma maneira de conscientizar um maior número de pessoas sobre a importância do descarte correto.

Quando jogada no asfalto, a bituca pode levar até cinco anos para se decompor. Além disso, possui mais de 4,7 mil substâncias tóxicas, o que prejudica o solo, contamina rios e córregos. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número estimado de fumantes no mundo é de 1,6 bilhão. E cerca de 12,3 bilhões de bitucas são descartadas diariamente.

A iniciativa de Ana começou de maneira despretensiosa: uma garrafa pet de 500 ml cheia bitucas valia um corte de cabelo. A ideia acabou ganhando colaboradores que passaram a oferecer outros serviços. Hoje, o projeto Do Lixo ao Luxo já recolheu mais de 30.000 bitucas.

“Um dos ‘esportes’ mais praticado pelos fumantes é o ‘arremesso’ de bitucas. A ideia do projeto é justamente evitar que esse lixo, que tanto prejudica o meio ambiente, fique em praças, praias e ruas. Nossa ideia, além desenvolver soluções práticas para ajudar os fumantes a sair do automático, é recompensar aqueles não fumantes que ajudam a coleta com a troca de serviços. Nesse caso, cada colaborador determina a quantidade de bitucas para fazer a troca”, explica Ana.

Na página do Lixo ao Luxo é possível conferir a quantidade para cada serviço, que vai desde tatuagens a sessões de auriculoterapia. Para uma tatuagem, por exemplo, é preciso juntar duas garrafas pet de dois litros cheias de bitucas. Por enquanto, todas as garrafas de bitucas estão sendo armazenadas na garagem da casa de Ana.

As bitucas serão usadas pela artista Giulia Vaccarelli, em uma intervenção na cidade. Colaborou Karina Iliescu, de Atibaia (SP).

Por UOL

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