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Se divertir na natureza é essencial para as crianças

Por Sistema Fecomércio

Se tem algo que não para de crescer são as opções de entretenimento infantil nas cidades. A cada dia surgem brinquedos novos, sites e canais voltados para eles na internet, além de espaços fechados com programações que prometem a diversão dos pequenos. Mas, embora possam ser bastante interessantes e, muitas vezes, até instrutivas, nenhuma dessas atividades é capaz de substituir os benefícios que o contato com a natureza traz para as crianças.

De acordo com a psicopedagoga e gerente de educação do Sesc Ceará, Silvia Maia, a vivência em ambientes naturais colabora, dentre outras coisas, para o desenvolvimento da motricidade, linguagem e criatividade das crianças. Ela ressalta que, nessa fase da vida, uma curiosidade natural transforma o interesse em atitude investigativa, fazendo com que essas descobertas virem conhecimento: “A criança necessita muito simbolizar, ou seja, contextualizar na prática o que aprendeu através do contato com pequenos animais, aves, insetos, peixes e plantas, para que o seu desenvolvimento seja saudável, equilibrado e alegre, usando o próprio entendimento nas elaborações do que é higiene, diferenças de alimentação, moradia, hábitos e relacionamentos”, pontua.

Outros benefícios são relacionados ao desenvolvimento físico, ao tornar as crianças e adolescentes mais ativos, por usarem mais o corpo para realizar essas atividades, e mais conscientes sobre sua alimentação, já que as crianças que acompanham o plantio e cultivo dos alimentos são mais propensas a consumi-los. A percepção sensorial também é beneficiada, pois propicia o contato com diferentes cheiros, texturas, cores e formatos, colaborando para uma nova percepção do mundo. Além disso, essas atividades favorecem maior gasto energético, prevenindo a obesidade, aliviando as tensões e colaborando para melhorar a qualidade do sono.

A psicopedagoga fala ainda de outros aspectos que são beneficiados pelas brincadeiras ao ar livre. Um deles é a criatividade, já que “os brinquedos são criados e reinventados a partir de recursos encontrados durante a brincadeira. Galhos, folhas e sementes viram brinquedos que proporcionam a experiência do estético, do autocontrole e a autodisciplina em jovens e crianças que vivem na cidade”. Outro é a autonomia para encarar os desafios e riscos encontrados, já que nesses ambientes a criança fica mais exposta a situações imprevisíveis e desafiadoras, desenvolvendo outros aprendizados, tais como saber correr riscos e medi-los.

Através dessas e de outras particularidades, o contato constante com a natureza na infância colabora para o desenvolvimento físico, psicológico e social. “Além dos benefícios sensoriais, motores e sociais, a percepção individual traz muitos benefícios como calma, paciência, respeito, concentração, curiosidade, independência, além de poder respirar o ar puro e muito mais”, completa Silvia.

Experiências reais

Como forma de proporcionar esses momentos e, principalmente, conscientizar as novas gerações sobre a necessidade de preservar os recursos naturais, acontece o projeto Escola Vem ao Sesc. Através dele, crianças e adolescentes de escolas públicas da Região Metropolitana de Fortaleza visitam a Reserva Ecológica Sesc Iparana, uma Área de Preservação Ambiental. Lá, eles participam de atividades educativas, culturais e de recreação, conhecendo mais sobre as espécies nativas do lugar e experimentando o contato direto uma paisagem que não faz parte de seu cotidiano.

Silvia explica que esse tipo de atividade faz toda a diferença na hora de ensinar às novas gerações sobre a conservação do planeta: “como tudo na vida é aprendido, a conservação e preservação da fauna e flora não são diferentes, a criança que convive com o meio ambiente natural e desenvolve afinidade em relação à natureza aprecia e zela pelo mundo à sua volta porque o respeita e o reconhece como seu ambiente de pertencimento”.

O projeto, que faz parte do Programa de Educação do Sesc no Ceará, participou recentemente do Prêmio Internacional Latinoamérica Verde. Único representante do Brasil na final, a iniciativa ficou entre os três primeiros lugares na categoria Floresta e Flora do prêmio, que avalia projetos de todos os países da América Latina.

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