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Brasil é um dos maiores mercados para o tráfico de animais no mundo

O comércio de animais silvestres é a terceira atividade ilícita mais lucrativa do mundo, perdendo apenas para o tráfico de drogas e armas, movimentando de US$ 10 a US$ 20 bilhões por ano. Mas o desejo de ter um animal de estimação silvestre faz com que, em média, a cada dez espécies traficadas, apenas uma sobreviva. Além disso, segundo o Ibama a sensação de impunidade faz com que os traficantes também falsifiquem anilhas de controle, vendendo, como se fossem lícitas, 80% das espécies à disposição no mercado de criadores.

Apesar da legislação brasileira considerar ilegal a caça e o comércio predatório de animais silvestres (Lei de Proteção à Fauna número 5.197) todos os anos 38 milhões de animais são retirados do País segundo dados do Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre (RENCTAS). Além disso, a estimativa é de que a cada 100 animais, 70 sejam comercializados no Brasil, sendo a maioria aves.

Por sua inteligência, sociabilidade e capacidade de imitar vozes humanas, os papagaios são algumas das espécies mais traficadas do mundo. Existem no Brasil doze espécies de papagaios, das quais seis fazem parte de um Plano de Ação Nacional, coordenado pelo ICMBio. Essas seis são espécies cuja população está em risco ou é muito visada pelos traficantes de animais silvestres. Nesse contexto, torna-se cada vez mais necessário o desenvolvimento de programas que integram ações para a conservação desses animais.

Para unificar esses esforços, o Programa Papagaios do Brasil, executado pela Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental – SPVS, em parceria com o Parque das Aves, Fundação Neotrópica, Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA) e ICMBio/CEMAVE, com o apoio da Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. O Programa tem como foco apoiar os projetos de conservação das espécies de papagaios e realizar ações do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Papagaios (Pan Papagaios). As espécies-alvo do PAN Papagaios são: papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva), papagaio-charão (Amazona pretrei), papagaio-de-peito-roxo (Amazona vinacea), papagaio-de-cara-roxa (Amazona brasiliensis), papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha) e papagaio-moleiro (Amazona farinosa).

Durante a primavera essas espécies encontram-se especialmente vulneráveis devido ao período reprodutivo, quando os filhotes se tornam alvos fáceis para os traficantes que os retiram dos ninhos para alimentar o comércio ilegal de animais selvagens. Para a coordenadora do Projeto de Conservação do Papagaio-de-cara-roxa e responsável técnica pelo Programa Papagaios do Brasil, Elenise Sipinski, o caminho para a conservação desses animais precisa passar pela sensibilização e conscientização da sociedade. “Quem viabiliza a existência do traficante é justamente o comprador, por isso é tão importante investirmos em campanhas de comunicação e em estratégias voltadas a educação de crianças e jovens, pois é a partir desse público que a sociedade poderá mudar seu comportamento”, finaliza.

Os animais valem mais em seu habitat natural

Por outro lado, o turismo de observação de aves vem crescendo no Brasil e no mundo. Cada vez mais é possível encontrar visitantes em áreas naturais com o propósito de realizar a observação de aves, ou “birdwatching”, fazendo roteiros turísticos em unidades de conservação só para esse fim. Dados da U.S. Fish & Wildlife Service apontam que a observação de fauna chega a movimentar US$ 80 bilhões na economia de países como os Estados Unidos e a Inglaterra.

Em perspectiva nacional, os visitantes de Unidades de Conservação movimentaram, segundo o dado mais recente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), uma receita de R$ 2 bilhões e mais de 36 mil empregos diretos em um ano. Essas atividades, além de contribuírem com a manutenção da vida silvestre em ambiente natural, geram renda aos moradores do entorno de áreas naturais protegidas, por meio do turismo de natureza, e possibilitam a capacitação e desenvolvimento pessoal.

Ciclovivo

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